1 ano OT!

Estou agora ouvindo o novo cd da Selena Gomez, For You. Só agora foi liberado no Youtube o cd completo que contém faixas novas, como Do It. Apesar dessa música ser dançante e bem romântica pela letra me faz pensar nos motivos que eu comecei o blog. A verdadeira história por trás do OT que talvez muitos associam ou apenas é desconhecida.
A letra fala sobre estar hipnotizada por um garoto, ela lembra do dia anterior que foi surpreendente e que se ela pudesse realizar um desejo ela queria que aquele dia se repetisse todo o dia. Bem, a minha história com o OT começa assim:
Eu sempre fui apaixonada pela internet. Eu não escondo isso de ninguém. Em 2005/2006 eu já possuía flogão pessoal, flogão de gifs, flogão pra famosos. Mas quando eu conheci a Ashley Tisdale, eu me apaixonei por aquela mulher e comecei a ter um vibeflog só pra ela. Era eu com um fã flog pra ela e a minha melhor amiga, Hildevânia com um pra Dulce Maria. Mas logo após, eu conheci o flogvip. Lá, finalmente eu me senti em casa. Eu descobri amigos maravilhosos pela internet como a Lívia, aprendi a mexer no photoshop, a fazer meus próprios gifs, blends, banners, css e tudo o que você possa imaginar. Acabava passando a noite toda postando em flogvip pra poder aparecer na página inicial e sabe, quando você tem uns 13 anos é bem legal isso. O tempo foi passando e acabaram me convidando pra participar de um fã site pra Miley Cyrus e pra outro com notícias de famosos em geral, o Milk Overdose (sim, eu me inspirei no nome a partir dai).
Acabei conhecendo pessoas incríveis como o Iury Fukui, que me inspirou a ir mais além mesmo não sabendo. Myspace, Orkut, Twitter, Facebook, Tumblr, Heello, Flickr e outras redes sociais foram sempre o meu diário, meu refúgio. Acabei largando a vida de fã site e migrei pro tumblr, onde eu expressava todos os meus sentimentos. Depois descobri o Lookbook onde eu poderia compartilhar meus looks onde ninguém que eu conhecia a não ser os melhores amigos saberiam. Sim, eu sofri bullying até o primeiro ano por causa do jeito que eu me vestia, o jeito que eu falava, o jeito que eu escrevia, por ter um cabelo crespo, por usar aparelho, por falar inglês e por saber se comunicar, entre milhares de coisas.
Ao terminar o Ensino Médio acabei me mudando pra São Paulo afim de cursar Psicologia e ao me mudar pra lá, eu já queria começar um blog só meu. Mas por falta de incentivo nem comecei. Chegando lá, uma menina da minha cidade estava montando um blog com várias amigas dela e resolveu me chamar pra participar. É claro que eu aceitei e foi aí que comecei a perceber que estar num blog ou escrever pra um era o que eu amava fazer. Compartilhar aquilo que você tá passando, sentindo, vendo, lendo, ouvindo, vestindo pra uma pessoa ou várias e aquela pessoa te dizer: "nossa, que legal o que você escreveu", é simplesmente demais. Mas todo o sonho acaba quando o relógio mostra que é meia-noite.
Eu voltei pra Imperatriz, sem blog. Sumindo de tudo. Mas eu acabei conquistando muita gente e conhecendo muita gente por causa dele, inclusive o Luan que sempre me incentivava a voltar o blog e o Jefferson, que sempre esteve ao meu lado me apoiando e me massacrando por não começar logo. Até comprei um domínio chamado Cerejas Flutuantes nesse período, mas deixei vencer o ano por falta de coragem.
Em agosto do ano passado, eu conheci um cara que eu já tinha ouvido muitas crueldades sobre ele e eu o achava idiota. Mas, não sei porquê eu fui inventar de ficar de olho nele pra uma amiga no cursinho e báh, lá vem o idiota se mostrar um tremendo cavalheiro de puro bom gosto ao me fazer assistir um show completo da Ellie Goulding com ele numa aula chata. Começamos a ser amigos e eu o convidei pra minha festa de aniversário. Ele não foi, é claro. Uma conversa e outra e sim, eu comecei a achar que ele era homossexual. Não tenho preconceitos, galera. Vou logo avisando. Eu perguntei, é claro já que muitos amigos próximos de mim são e isso pra mim é completamente normal. Ele disse que não. Um mês depois, eu comecei a desvendar peças sobre ele. Maldita psicologia, brincadeira. E começamos a conversar intensamente sobre tudo, foi quando ele começou a me fazer se apaixonar por ele e dizer que me amava. Caí no papo e na véspera do Enem começamos a namorar. O namoro durou duas semanas incríveis, juro. Viajamos pra fazer vestibular em Gurupi e o dia de volta da viagem pra casa, tudo estava perfeito. Juro, que era como a música lá do início. Mas quando chegamos, ele não telefonou. Ele foi seco.
Eu já sabia que havia algo errado. Mas me fiz acreditar que era só pressão de vestibular, só que no fundo eu sabia a verdade. Ele me chamou pra conversar e disse que não era nada demais. Marcamos o encontro no mesmo lugar e ao avistar ele de longe, percebi a aflição que lhe cercava. Ele disse: Grazzy, preciso que você saiba de algo. Mas não é a sua culpa. E eu disse: Você é gay. Ele se espantou e perguntou: Como você sabe? E eu respondi: No fundo eu sempre soube. Conversamos e ele esperava que eu gritasse, o batesse, chorasse e etc. Porém, eu não consegui fazer nada.
Assim que eu saí de perto, comecei a chorar e chorar muito. Não pelo fato dele gostar do mesmo sexo, não pelo fato de depois dali ele ter ido beijar outro cara e ter me contado ou etc. Mas pelo fato dele ter mentido pra mim. Aquilo doeu mais que tudo.
Passei uma semana sofrendo por aquela mentira. Me afastei de tudo, fui a clínica de psiquiatria e pedi pro meu pai pra acompanhar ele e a minha irmã numa viagem de vestibular seriado que ela iria fazer pra Belém. Ele concordou e no dia da viagem, eu só queria esquecer aquilo tudo e ainda nem tinha falado com ninguém sobre o término. Foi quando uma menina comentou na minha foto e disse: nossa, eu amo as suas fotos. Você podia fazer um blog de moda. Pronto, aquilo era a força que eu precisava. Comprei um domínio que eu já tava planejando há um tempinho, coloquei o blog no ar e as 16h enquanto estava pegando a estrada, comecei a escrever.
Hoje, um ano depois, agradeço a Deus por ter passado por aquela experiência. Comecei a postar uma vez quase que nunca, ainda querendo desistir do blog e sem sair divulgando feito a louca pra todo mundo sobre ele. Apenas acabei divulgando pras pessoas certas rs. Consegui meu primeiro evento na cidade, depois de ter enrolado quase 6 meses pra fazer um layout descente pro OT: o Bem Casar. Depois fui no Only For Brides, comecei a escrever pra Revista Gallérie, me diverti fazendo looks do dia, conheci amigas e amigas como a Rebeca e a Isa, alcancei mais de mil likes numa página do facebook, ultrapassei os 5 mil seguidores no Instagram, descobri que tenho fotos minhas nos celulares de gente por aí como inspiração, recebi comentários maravilhosos que me fazem chorar toda vez que eu vejo, também recebi maldosos que me deixaram injuriada, consegui parceiros como a Tok Bolsas Açailândia, Ju Franco Atelier, Selma Oliveira, Bridal Noivas, Vitiss, Empório Bijux Imperatriz e é claro, o Jefferson Carvalho Fotografia. Saí 4x na TV por causa do blog, conheci um monte de blogueiras da cidade e ainda vi Frozen com a maioria rs, fui pro Itz Graduation, Feira da Beleza de Imperatriz, Gallerie's Party, Fashion Night e não conseguiria isso por nada se não fosse vocês queridos leitores e amigos que estão me dando força todo dia pra estar aqui.
Comecei um blog como uma forma de compartilhar meu mundo de tendências, mas hoje vejo que não só sou eu que compartilho mas cada um de vocês e isso meus amigos, é muito melhor que ganhar na mega sena. Obrigada pelo carinho, pela paciência por falta de posts, pelos comentários, acessos, curtidas, seguidores e por estarem aqui comigo. Feliz 1 ano de OT!