Silêncio


Se as pessoas são em si composições de bondade e maldade, se tem consigo virtudes e defeitos, se aos acertos sempre erram,é por que em tudo são intenções e contendas, elas sabem que podem escolher o que seguir, o que fazer, pra onde ir, o que ouvir, elas tem a responsabilidade de levarem aquilo que tem como mais valioso, pode ser que esse tesouro pese de maneira diferente em outras balanças, pode ser que minha maneira de viver não agrade uma porção de gente, mas foi essa a escolha que fiz, não digo que serei sempre impulso, razão ou emoção. Não lhes garanto agir com justiça em momentos que me valham fazer isso, mas afirmo que sou silêncio quando dele me achar conveniente usá-lo. Pois é na calmaria que encontro o refúgio para minhas insanidades, é no silêncio que exerço um auto conhecimento sobre quem sou, e o sobre o que fazer em muitas situações desagradáveis. Queria ser estável, por que minha instabilidade me causa uma grande confusão na maior parte do tempo.  Nem sei o que fazer, mas isso me deixa em alguns períodos feliz, faz com que a vida me chegue mais real, sem as ilusões que imaginei ou imagino sempre. Mas meu segredo está no meu silêncio, ele me leva  pra tantos lugares, me salva, me faz sumir, e me sentir apenas como mais um grão na enorme tapeçaria de areia que envolve os mares. Ah o silêncio, esse vai sempre me ter por inteira, pois apenas ele consegue me sentir como sou indistintamente.

SOBRE A AUTORA: Valéria Paiva. Estudante de Jornalismo na UFMA.

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