SOBRE(VIVER): Capítulo 1


01 de dezembro de 2011

Louise: Oi J, daqui a pouco é a aula da saudade, mas espero falar com você quando chegar em casa.

Joseph: Tudo bem. Se eu for dar um rolê ou fazer alguma coisa, te aviso.

Desliguei a tela do computador e fui dar mais uma checada no espelho, afinal aquela seria uma das últimas noites que passaria com meus amigos do colégio antes da formatura. Me sentia o máximo por poder usar minissaia com babados naquela noite e abandonar o jeans de todo dia. Sem muita maquiagem, porém com uma franja domada, estava pronta. O táxi já estava chegando e estava preparada pra me divertir. Pelo menos, era o que eu precisava.

Minutos mais tarde, encarei aquela porta que já tinha se tornado o meu habitual. A minha segunda casa. Pé esquerdo, pé direito, pé esquerdo. Respirei fundo e tentei entrar no clima. Era o som de Just Dance que dava pra ouvir entre os corredores. As luzes do colégio estavam quase todas apagadas, porém as que sobravam iluminavam o tapete vermelho que corria desde a porta até o terceiro andar onde ficava nossa sala. As líderes da sala recepcionavam os convidados que já não eram mais estranhos como no início do ano. Haviam balões pretos colados no teto com uma fita que dava a sensação de retrô. As paredes da sala todas rabiscadas com as assinaturas dos 44 alunos formandos. O quadro já dizia “foi bom enquanto durou” e os professores todos ali emocionados. À medida que a música tocava e ia me aproximando, o pensamento que vinha era: e se fosse diferente? E se eu estivesse lá? Mas tentei não me incomodar com aquilo. No chão havia almofadas e nos fundos um telão com as fotos que tiramos ao decorrer do ano. Eu não saí em muito delas por estar sempre afastada. Arrependi-me depois daquilo. Era o meu último ano e eu não tinha aproveitado muito. A verdade era essa. Avistei as minhas amigas num canto e sorri meio falso. Elas não perceberam para a minha sorte.

Os discursos começaram. Apontaram cada aluno e sua qualidade, até as primeiras dez pessoas estava legal, porém depois disso ficou muito cansativo. Imagine 44 alunos, 44 qualidades. Sem contar que ainda falaram dos professores e não tinha qualidade pra todo mundo. Eu ganhei dicionário ambulante por estar sempre socorrendo todos na aula de inglês. A única com qualidade diferente. Salgadinhos sendo servidas, conversinhas ali. Choros, risos. A ficha caindo, aquele era meu último dia de aula no colégio. Meu telefone vibra. Era ele. Ligação recusada. Vibra de novo. Recusada. Mais uma vez. Recusada. Novamente. Um segundo.

- Oi. – eu disse.

- Oi. – respondeu uma voz bem conhecida.

- Estou meio ocupada, posso retornar depois? – disse em seco.

- Podemos conversar? – Não conseguia dizer não mas também não queria dizer sim.

- Só um instante. – Corri pra minha varanda do banheiro feminino, era o meu lugar preferido. Há pouco tempo atrás tinha sido meu refúgio. – Pronto, posso falar.

- Fazemos um ano hoje né?

- Nem parece.

- Eu sinto sua falta.

- Eu também, Victor. Mas eu estou no meio de uma despedida do colégio agora. Quando eu chegar em casa eu te ligo. Vai estudar agora?

- Você sabe que sim. Aliás, eu teria outra coisa pra fazer?

- Não sei. Mas até mais. Beijos!

O telefone foi desligado.  Se fosse há um ano atrás, eu daria de tudo pra ter uma ligação dessas. Mas as coisas não eram mais as mesmas. Aquele tinha sido um ano difícil e eu não sabia mais o que fazer. Eu não sentia mais a mesma coisa. Aquela ligação tinha acabado a minha noite. Voltei pra sala cabisbaixa e mal fiquei o tempo todo com os meus amigos. Preferi ir logo pra casa a ficar ali. Após um dia inteiro de brigas e uns dias sem se falar direito ao telefone, meu namorado tinha me ligado e eu já não reconhecia mais quem era aquela pessoa. Nem mais quem era eu ao lado dele. Eu estava me apaixonando por outra e o pior, essa pessoa também estava há quilômetros de mim. Eu no fundo sabia que ele só estava tapando um buraco enorme deixado por outro. Mas eu preferia aquilo a mais um dia no campo minado.

Ao chegar da pequena celebração ao fim das aulas, me debrucei em lágrimas na minha cama, liguei para o Joseph e disse o quanto ele me fazia feliz. É claro que ele deu um sorriso, mas ele brincava comigo dizendo que ele era um velho e que eu desistiria dele no momento que eu o visse. No fundo ele era muito inseguro. Aliás, a namorada dele de quase três anos de relacionamento, tinha largado ele há pouco. Era quase o mesmo roteiro de quando eu conheci o Victor. Só que com umas adaptações diferentes. Eu estava tentando suprir o que o amor da minha vida não estava fazendo nos últimos dias. Na verdade, era puro egoísmo e orgulho. Mas não estou afim de falar.

Saquei da gaveta, a caixa em que eu guardava as coisas dele e comecei a revirar os papéis de carta que ele tinha me escrito. Achei a que eu queria. Li e reli, num instante o choro apenas pareceu mais intenso e eu me pegava de volta nas memórias que me levavam até a ele.

01 de dezembro de 2010

Victor está digitando…

Victor: Estou sem paciência pra essa cidade. Assaltaram a minha avó, você acredita nisso?

Louise: Sério?

Victor:Foi. Não respeitam mais nem as pessoas de idade. Já bastam terem me assaltado um dia desses, agora a minha avó.

Victor: Ninguém mais está seguro.

Victor: Oi, você tá ai?

Victor: Oi…

Victor: Tá ai?

Louise: Oi, desculpa. Estava resolvendo algo aqui.

Victor: Esquece. Vou sair. Depois conversamos, já que você não tem tempo pra mim.

Louise: Não sai.

Victor está off-line.

Peguei o celular e deixei milhões de mensagens. Ele era sempre assim impaciente. Ele não respondeu nenhuma. O meu pacote de mensagens foi quase todo desperdiçado e precisava comprar um novo. Não sabia mais de onde tirar tanto dinheiro pra colocar tanto crédito. Ele poderia ter um chip da Claro. Mas ele tinha logo da Oi e da Vivo. Não estava afim de ativar mais o meu chip da Vivo, os bônus só serviam de qualquer forma pra ligações locais. Nem poderia cogitar a ideia de pegar o celular da minha mãe pra mandar mensagens no meio da noite ou em qualquer outra hora, ela já estava desconfiando que a Oi estava roubando ela e pensava em cancelar o plano, mas no caso era eu.

Como todo fim de ano, há festas e festas. Minha mãe era coordenadora do colégio e era responsabilidade dela estar presente em todas assim como toda a diretoria. Era meio chato isso às vezes porque ela sempre queria me carregar para esses eventos onde na maioria eu não conhecia ninguém e ficava plantada com o pessoal mais velho, já que eu não era convidada. Naquele dia consegui fazer com que ela levasse a minha irmã em vez de mim, por isso a noite teria o computador inteiro só pra mim. Fiquei online o dia todo, já estava quase de férias e tinha me libertado do castigo que tinha levado antes do meu aniversário.

Já tinha se passado horas desde que ele tinha ficado online e passava da hora do jantar, minha mãe daqui a pouco estaria chegando e eu não queria dormir sem falar com ele. Não sabia se ele tinha ficado com raiva ou se tinha acontecido algo. Quase 22h e nada. Porém, ao me deparar com a janelinha dele subindo pela tela do computador, dei um sorriso largo. É claro que o status dele com o nome “Louise s2” ainda estava lá. Ufa!

Victor: Oi

Louise: Oi

Victor: Desculpa a demora, acabei pegando no sono e meu celular descarregou.

Louise: Sem problemas. Está tudo bem?

Victor: Sim e por ai?

Louise: Hanran. Pode ligar a webcam?

Victor: Posso sim. Espera um minuto que vou arrumar a bagunça aqui e vou colocar como ocupado pra ninguém atrapalhar.

Louise: Ok, vou fazer o mesmo. Vou poder ouvir sua voz hoje?

Victor: Você não acha que é muito privilégio não?

Victor alterou seu status para ocupado

Você alterou seu status para ocupado

Louise: Claro que não.

Victor está lhe enviando uma chamada de vídeo. Aceitar chamada de vídeo. Recusar Chamada de vídeo.

Você aceitou uma chamada de vídeo.

Louise: Odeio quando você ficar calado aí.

Victor: Mas eu sou tímido.

Louise: Claro que você é. Aposto que isso é uma desculpa pra você terminar também.

Victor: Claro que não.

Louise: To triste porque não passei em relações internacionais. Por isso tava meio fresco.

Victor: Ah que pena ): eu espero não passar por essa sensação.

Louise: Eu também espero que não.

Victor: Então quais são as desculpas novas para eu terminar com alguém?

Louise: Você já viu um amor pra recordar?

Victor: Já.

Louise: Então, aposto que você tá com a menina, ai você diz: vamos assistir um amor pra recordar. A menina fica toda empolgada porque você vai ver um filme de romance com ela e dai no meio do filme você fala tá vendo a doença dessa menina? Ai ela diz: to. Ai você: eu também tenho essa doença e eu vou morrer, mas não adianta casar porque tenho menos tempo de vida que ela.

Victor: Ah que engraçadinha.

Louise: To falando sério. Mas aposto que você não faz isso porque você é lerdo.

Victor: Não sou lerdo.

Louise: Claro que é.

Louise: Então quer namorar comigo?

Victor está off-line.

Sem reação. Pela primeira vez na vida tinha pedido alguém em namoro. Alguém que eu nem conhecia, mas que adorava passar meu tempo com ele e na hora que eu faço a tal pergunta, ele desaparece. Meu telefone vibra.

Espera um minuto, a conexão caiu. Vou aproveitar e pegar algo.

Era ele.

Victor está online.

Aceitar chamada de vídeo. Recusar chamada de vídeo.

Louise: E ai, tá frio ai?

Victor: To morrendo de calor e ai?

Louise: Aqui ta frio. Ai já vai dar meia noite né? Confuso esse fuso-horario. Queria que aqui tivesse, a programação fica toda atrasada.

Victor: É verdade. Posso sempre contar a novela pra você.

Louise: Já te disse que eu não sou muito fã de novela.

Victor: Ah é mesmo.

Louise: Você parece uma velha.

Victor: Não sou mulher tá. E ai vai limpar a casa?

Louise: O que?

Victor: Você não pediu pra namorar comigo? Então, você sabe limpar casa? Lavar roupa? Fazer comida?

Louise: Tenho cara de empregada? Não, não, não e não.

Victor: Não to nem ai. Aprende.

Louise: Claro né?

Victor: Então, porque você quer mesmo estragar com a minha surpresa?

Louise: Que surpresa?

Victor: Olha pra tela e concentra nesse papel que eu to segurando. Bem, aqui é o rascunho da sua carta que eu fiz com todo o meu amor e te pedindo em namoro. Porem eu não entendi porque ainda não chegou ai, o cara me falou que em uma semana chegaria e você ainda não falou nada sobre ela. Acho que não chegou.

Louise: O que?

É claro que eu falei com expressão de susto e ele apenas sorria de volta como se estivesse feliz ou adorasse me ver daquele jeito.

Victor: É, eu escrevi te pedindo em namoro.

Louise: Eu não consigo acreditar.

Victor: Eu te amo e já vai dar meia noite aqui.

Louise: É verdade, falta dois minutos.

Victor: Então, vou esperar dar logo o dia 2.

Louise: Pra que? Pra você começar a namorar comigo no dia 2 e eu te namorar no dia 1? Porque você não responde logo a minha pergunta?

Victor: Porque você não responde a minha?

Louise: To esperando a carta chegar.

Victor: Sim.

Louise: Sim.

Victor: Eu te amo (L)

Louise: Eu te amo mais (L)

Victor alterou seu status para: Louise s2 01.12.10

Você alterou seu status para: Victor s2 01.12.10

Louise: Vou ficar nas mensagens, minha mãe deve chegar a qualquer instante e não quero que ela brigue.

Victor: Tudo bem, minha namorada.

Ver aquilo me fazia ser a mulher mais feliz do mundo.

02 de dezembro de 2011

Nova mensagem recebida: Bom dia minha namorada. Estou tão feliz por estar te chamando de minha namorada. Eu te amo e boa prova hoje.

Responder: Bom dia meu namorado. Eu digo o mesmo, eu amo você <3. Enviar para Victor Takehisa.

Era uma das minhas ultimas provas e significava que eu teria quase toda a manhã vaga. Minhas notas estavam quase todas completas, só faltava matemática. Não queria reprovar justo na matéria que eu odiava. Pelo menos eu não teria que fazer prova de química na recuperação como no ano passado. Graças a Deus trocamos de professor e a substituta era boazinha com quem não faltava nas aulas a tarde. Ao ter o tempo livre, precisava contar pra Vicky que eu estava namorando e corremos para o nosso lugar privilegiado, a sacada do banheiro feminino. Era legal estar sentada ali entre as portas que davam de vista pra biblioteca que ainda estava interditada e a do banheiro feminino. Ali tínhamos toda a visão da escola e como éramos a única sala que ficava no terceiro andar, não tinha muita gente nos incomodando.

- Hey, adivinha quem está namorando? - eu perguntei.

- Você? - ela respondeu surpresa.

- Sim. Mas quando isso aconteceu?

- Ontem. Foi tudo muito rápido. Mas ele é o cara.

- Como assim? Como você tá namorando e conheceu alguém e não falou pra sua melhor amiga?

- Eu não queria contar pra ninguém porque ele é do tipo pegador. Eu não sabia se ia dar certo e eu já conheço ele há muito tempo. Na verdade eu não o conheço. Ele é de outra cidade. Mas a minha amiga conhece ele.  Lembra da Alessandra? Ele é da escola dela e está terminando o terceiro ano. Acredita em amores assim?

- Não sei. Mas tem certeza que ele não é nenhum maníaco? Já jogou o nome dele na internet?

- Não né… Não vou fazer isso. Mas enfim, eu estou tao feliz. Sinto que ele é o amor da minha vida.

- Vai com calma ai menina… você mal começou a namorar.

- Eu sei, mas eu já sinto isso. Olha é ele mandando mensagem de novo…

Ela leu aquela mensagem. É claro que ela pediu pra ler todas as mensagens. Era típico dela. Ela ficou apaixonada por cada mensagem que ele escrevia pra mim. Era nosso último dia na escola. Logo mais estávamos fazendo a roda da fogueira, com despedidas porque no próximo ano eu estaria indo morar em Hortolândia. Eu estava aproveitando cada segundo da escola. Logo mais a Bárbara se reuniu e o nosso trio estava completo.  Éramos inseparáveis. Contei pra ela sobre o namoro e ela riu dizendo que eu era louca. Mas apoiou a ideia.

Ao chegar em casa, uma carta estava esperando por mim.

Era a carta dele.

Era a letra dele.

Era a prova de que aquilo tudo que eu tinha vivido naquelas quase 24h eram reais.

JUNHO de 2010

Era dia dos namorados e como qualquer garota de 15 anos, eu queria apenas ter um namorado. Ok, era um sábado a noite e eu estava presa a uma tela de computador. Não que eu reclame. Eu adorava estar ali. Mas eu não sabia muito da vida e só tinha tido dois relacionamentos, bem curtos. E o cara que eu gostava estava indo sair com outra. Enquanto eu, você sabe, nada. Entretanto, uma notificação importante surgiu na minha tela. Era um conhecido da Alessandra me adicionando no meu orkut. Ao adiciona-lo, logo pediu meu MSN. Era mais fácil e pratico de se conversar. Ele tinha um rosto bonito e como já tinha visitado muitas vezes meu perfil no orkut. Pensei: por que não? Sempre era bom fazer novas amizades e ao estarmos “a sós”, mal conversamos e ele pediu meu telefone. Achei estranho, alguém que pouco conhecia tomar tal atitude, mas resolvi arriscar.  Saberia que ele nunca iria ligar, afinal, a maioria dos caras só pedem seu telefone por educação. Mas ele me surpreendeu com uma mensagem naquela noite. Era algo engraçado como “nuggets”. Não lembro se a palavra ao certo era essa, todavia o questionei sobre aquilo e ele disse que queria fazer algo diferente. Começamos a conversar e nos demos super bem. Mas ele tinha um compromisso naquela noite. Uma garota estava aguardando por ele. Dias depois, descobri que era só uma ficante. Uma de várias.

Ele era mais velho. Um ano apenas. Morava no interior de São Paulo e estava concluindo o Ensino Médio. Estudava no mesmo colégio que a Alessandra e a Maria, o PPES, o melhor colégio da cidade. Tinha me adicionado porque tinha me achado bonita, mas não sabia que eu morava tão longe (ele só queria que me “pegar”). Ele era descendente de japoneses e era quase 20 cm maior que eu. Tinha pais separados e por acaso, o pai dele tinha duas mulheres e sua mãe nunca mais tinha casado após a separação, pois aquele já tinha sido o seu segundo casamento. Foi ai que começamos a desenvolver uma fase mais amigável. Porque justo nos detalhes de pais separados e como eles tinham saído de casa quando ainda éramos pequenos, descobrimos o quanto nossas histórias batiam.

Vivíamos a trocar sms, falávamos da nossa vida abertamente e parecíamos ser amigos de infância. Segredos eram compartilhados e experiências trocadas. Foi quando eu me peguei pensando nele. Me apaixonei, é claro. Mal podia imaginar que eu gostava de alguém que eu nem conhecia e que só tinha visto por fotos. Questionei-o a respeito de relacionamentos e ele me disse que também só tinha tido dois, mas que não foi nada sério porque nunca tinha apresentado a família. Fui mais a fundo e perguntei se ele já tinha amado alguém e ele respondeu que não. Que achava que aquilo nunca ia acontecer e que achava burrada quem cometesse tal suicídio. E aos casais apaixonados que namorava a distancia, aquilo era uma perda de tempo. Todas as minhas esperanças acabaram naquele segundo. Ele retrucou me perguntando o mesmo. Eu disse que sim. Falei sobre o Mateus. Contei a ele que o amava e que mesmo sabendo que ele ficava com outras, ele sempre voltava pra mim.

Logo após o Mateus voltar a namorar com a Milena, ele a traiu. Ela resolveu terminar de vez com ele e um tempo depois ela encontrou a sua alma gêmea, hoje ela é casada. Já ele, ao ver que não tinha volta, apareceu aqui em casa e que queria voltar. Como ainda gostava dele, concordei. Íamos e voltávamos. Conheci outros caras nesse período, mas só consegui sair com um e nem era nada sério. Não rolou  porque minha mãe me achava nova demais pra sair com um cara mais velho que na época estava terminando o ensino médio e eu estava no último ano do ensino fundamental. O Mateus também teve várias garotas (e outros garotos também, uma coisa que eu descobri anos depois), mas já nem me importava. Sabia que no final ele sempre voltava pra mim e que um dia iríamos ficar juntos.

Eu achava que essa era a opção. Era o que eu estava esperando que acontecesse depois daquele dia 12 e aconteceu, mas isso é outra história.

Ele apenas disse pra eu seguir em frente. Eu tentei...


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