Como ser solteira, a monotonia e o medo do novo




Faz tempo que eu não faço reflexão sobre algum filme ou livro aqui mas é que tem faltado (tempo e) algo que me envolvesse tanto afim de poder partilhar com vocês aqui. Só que esses dias a minha vida deu uma reviravolta que ao assistir o filme "Como Ser Solteira" eu não consegui pensar em outra coisa.

Basicamente o filme começa com a história de Alice que acaba de entrar na universidade e conhece o seu namorado Josh cujo após 4 anos convivendo juntos, decide dar um tempo na relação para tentar descobrir quem ela é sem ele e também poder concretizar os seus sonhos já que por causa de divergências, o namoro acabava atrapalhando.

Claro que ele não tinha nenhuma dúvida do quanto a queria e sobre o relacionamento deles, inclusive ainda insistiu. Porém, ela foi firme e vimos assim ela se mudando para o apartamento da irmã em NY que viveu sua vida inteira para o trabalho e não deixa nenhum cara se aproximar. No trabalho, ela conhece a festeira Robin que ao descobrir que ela é recém-solteira passa a imagem de que isso só pode significar duas coisas: balada todo dia e tentar pegar o máximo de caras possíveis. Ainda nesse paralelo, vemos Lucy que sonha a qualquer custo se relacionar com alguém que seja habituado as mesmas coisas que ela e na primeira parte do filme, marca encontros com caras por meio de uma sala de bate-papo para tentar encontrar a sua tão almejada alma gêmea.

No decorrer de toda a trama, além de ser seduzida pela trilha sonora fantástica - me deparei com duas lições importantíssimas: não deixar ser embalado pela monotonia e encarar os medos de forma positivamente.

Mas como? A Alice depois de curtir um pouco a vida, ela decidiu voltar a sua antiga vida, achando que o ex-namorado estaria ali de volta pra ela com os braços abertos. Porém nesse meio tempo, ele achou alguém que o preenchesse. Quando ela descobriu isso, achava que nunca mais ia ter uma relação daquela forma e tentou viver solteira mais uma vez.

Até tentou e sim, eu sei o quanto é difícil terminar algo e tentar se adaptar numa vida nova sem alguém. Ela falhou, obviamente. Tentou achar sua válvula de escape na amiga e até em um novo cara mas isso não dá certo. Por medo de ficar imensamente sozinha, ela não conseguia enxergar além do muro e tentava repetir os mesmos erros do passado.

Ela teve que quase ir ser levada pra cama com o ex-namorado que estava noivo e que queria dar um desfecho finalmente no relacionamento dos dois pra conseguir se tocar que ela precisava sair daquela monotonia e começar a encarar os seus medos.

Outra situação que vemos parecida, é com a irmã de Alice - a Meg - cujo passou a vida inteira focada na medicina e depois de ser vencida pela fofura de uma criança resolve ter uma criança sozinha através de inseminação artificial. Logo após ela descobrir que realmente estava grávida, se apaixona por um cara mais novo e de seu trabalho ser inferior que está disposto a dar o mundo por ela mas por medo de uma relação (e ainda mais com essas tais condições), acaba não se entregando e fazendo de tudo para o afastar.

Deve ser por medo de confiar em alguém, por algum relacionamento que talvez antes não tenha dado certo ou até mesmo por ter se acostumado a ser completamente sozinha. Vou confessar algo: esse medo não faz bem sabe? Não to dizendo que é pra sair se agarrando com o próximo que achar na esquina, é legal fazer as coisas sozinha mas quando você gosta de alguém, não tem que fugir desse sentimento;  Sei que é bem difícil sair da teoria e ir pra prática. Você tem que estar inteiramente disposto a se abrir pro novo e não se pode basear em outras coisas, principalmente quando isso é recíproco. O legal de tudo é que depois de quase não conseguir encarar, ela decide se abrir quando a filha dela nasce.

Sobre as outras: a Robin continuou sendo festeira. Ela era feliz assim e não tinha medo! Já a Lucy descobriu que o cara que era a tal alma gêmea estava bem mais próximo a ela do que imaginava. No final, a Alice conseguiu realizar o tão almejado sonho.

Pra quem tá precisando de um filme leve e cheio de tapas na cara, Como Ser Solteira virou o meu filme preferido dos últimos tempos e está ai pra isso!


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